terça-feira, 30 de julho de 2024

Jogos de Poder, de Jules Boykoff

 

 


 

 





Boicotes, exclusões, manifestações, atentados e obscuros jogos de bastidores: os Jogos Olímpicos não são só desporto.

São, desde o início, uma poderosa - e por vezes escandalosa - arma política.

O barão Pierre de Coubertin - aristocrata francês que reanimou as Olimpíadas modernas no final do século XIX - rejeitava publicamente a interferência da política nos Jogos Olímpicos.

Ainda assim, mobilizou agentes do poder político para o ajudarem a estabelecer e a promover os Jogos.

Dizer que o maior acontecimento desportivo mundial é alheio à política é, pois, desde o início, pura fantasia.

Este livro, fruto de uma cuidadosa pesquisa, revela o modo como as Olimpíadas da era moderna beneficiam elites políticas e interesses corporativos, em contradição com o propalado mito do ideal olímpico.

 Boykoff, Jules, Jogos de poder - Uma História Política das Olimpíadas. Livros Zigurate: Lisboa, 2024. 

 

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Bibliotecas escolares | Prioridades 2024-2025

 

 

 

 

 

 

 A ação da biblioteca, seja no domínio da gestão funcional, seja no âmbito da dinamização pedagógica, é suportada pelos valores inscritos nesse quadro estratégico, com especial relevo para a liberdade, a diversidade, a colaboração e a excelência.

O Quadro Estratégico 2021-2027 - Bibliotecas Escolares: Presentes para o futuro prevê que, em cada ano, sejam definidas áreas de intervenção prioritárias, embora, naturalmente, devam continuar a ser atendidos os vários fatores críticos de sucesso nos diferentes domínios de atuação da biblioteca.

Num ano em que se celebra o quinto centenário do nascimento de Camões, a sua vida, a sua obra e o seu contributo para a nossa identidade serão necessariamente matérias a abordar em muito do que formos fazendo, com engenho e arte.


Em 2024-2025, as bibliotecas escolares atentarão especialmente nos domínios de intervenção seguintes:

 - Leitura, escrita e oralidade
- Media e informação
- Humanismo e interculturalidade
- Infraestrutura física e digital

Revista | Todas as artes

 




Vol.6, nº3, set-dez 2023

Sumário
 



AS ARTES, AS EXPERIÊNCIAS E OS MUNDOS DA VIDA
Paula Guerra*


Os processos criativos nunca foram tão discutidos como hoje. O uso das práticas artísticas enquanto apanágio da crítica, da reflexão, da mudança e da exaltação, são temas de ordem no escopo da investigação académica, principalmente no campo das ciências sociais e, mais especificamente, na sociologia. Num sentido lato, neste Volume 6, Número 3, encontrámos uma ode às mais diversas práticas artísticas, desde a literatura ao teatro, passando pelo cinema e até mesmo pelo graffiti. Em todos os artigos que compõem esta edição, vislumbramos uma relação entre identidades, processos de democratização, mas também emergentes formas de analisar a realidade social–do passado ao presente- a partir de atos de criação que, frequentemente, se afastam das instituições e que são tomados em mãos pelos agentes sociais e por agentes criativos.

Nussbaum (2010), problematizando a criação artística, defende que existe uma relação intrínseca entre o envolvimento cultural e artístico e a ação dos cidadãos dentro dos sistemas democráticos. A cultura e a arte geram espaços vitais de debate, de crítica, de contestação e, por turno, são eles próprios potenciadores de novos espaços de fala, de debate e de criação na esteira de Huizinga (2003). Criação gera criação. A arte gera envolvimento social. Recentemente, Flisbäcke Bengsson (2023) destacaram um conceito que nos pareceu relevante para esta introdução: falamos do conceito de sociologia da existência. Vários questionamentos emergiram, tais como, haverá existências em arte? Será o ato de existir, ele próprio artístico? E quanto à existência da arte? De quantas existências falamos, quando falamos em criação?

 *Universidade do Porto, Faculdade de Letras e Instituto de Sociologia, CITCEM, CEGOT, Dinâmia’CET,Griffith Centre for Cultural Research, Porto, Portugal 


quinta-feira, 11 de julho de 2024

A Biblioteca em números | Literacia financeira

 

 


 

Neste ano letivo, 18 turmas (Ensino Básico, Secundário e Profissional), num total de 285 alunos, participaram em iniciativas promovidas / dinamizadas pela Biblioteca no âmbito da literacia financeira:

  • participação em sessões / palestras sobre literacia financeira orientadas por formadores do Banco de Portugal (Orçamento em tempo de inflação ; Prevenção da fraude - canais digitais)
  •  participação  na Semana da Formação Financeira (30 de outubro a 3 de novembro);
  • participação na Global Money Week 2024 - Protege o teu dinheiro, assegura o teu futuro (18 a 22 de março).

 

Para o próximo ano, a literacia financeira vai dar lugar a um projeto.

 

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SABIA QUE...

A literacia financeira vai ser lecionada enquanto disciplina em sete escolas que vão participar num projeto-piloto que será lançado no próximo ano letivo, anunciou o secretário de Estado Adjunto e da Educação esta quarta-feira (10 de julho).

"A literacia financeira já é obrigatória por via da educação para a cidadania. Existirá enquanto disciplina num projeto-piloto que vai ser lançado no próximo ano letivo", revelou Alexandre Homem Cristo, precisando que estarão envolvidas sete escolas.

Segundo o secretário de Estado, ouvido em audição regimental na Assembleia da República, o projeto, no âmbito do segundo Projeto-Piloto de Inovação Pedagógica que será apresentado em breve, incidirá sobre o ensino secundário.

"Vamos poder, através deste piloto, perceber o impacto e a reação que os alunos têm à disciplina. O que funcionar é para escalar", referiu Alexandre Homem Cristo, recordando que o tema já consta do currículo na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

Durante a audição, na comissão parlamentar de Educação e Ciência, o secretário de Estado reconheceu a necessidade de melhorar o desempenho dos alunos ao nível da literacia financeira, confirmado pelos resultados divulgados recentemente pelo PISA 2022.

Nessa avaliação, os alunos portugueses obtiveram 494 pontos, numa escala de zero a 1.000, em linha com a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), mas pioraram ligeiramente em relação à avaliação anterior, em 2018. Os resultados colocam Portugal em 9º lugar numa lista de 20 países.

O próprio ministro da Educação, Ciência e Inovação já tinha afirmado que é preciso melhorar os conhecimentos dos alunos sobre literacia financeira, considerando que "estar na média da OCDE é pouco" e reconhecendo a importância das escolas e professores neste processo.

Por ocasião da divulgação dos resultados, no final de junho, Fernando Alexandre lembrou que está a decorrer um "processo de revisão das aprendizagens" e, nesse sentido, "a literacia financeira será reforçada", até porque se os alunos "não estão tão mal" nas atitudes e comportamentos, o mesmo não se poderá dizer em relação aos conhecimentos, onde ainda existe "um enorme espaço para melhorar".

O estudo da OCDE revelou que os jovens portugueses têm menos contacto com produtos e atividades financeiras - apenas 38% tinham conta bancária (a média da OCDE é 63%) e apenas 27% tinham cartão de débito ou crédito (contra 62% da OCDE) -, mas destacam-se quando toca a comparar preços.
 
Agência LUSA

 

quarta-feira, 10 de julho de 2024

quarta-feira, 3 de julho de 2024

A voz dos alunos - Transformar a Biblioteca Escolar

 

 Reunião com o Gabinete da RBE


 



Criar condições para que os jovens possam expandir e reforçar a sua participação na apresentação e implementação de propostas para melhorar as bibliotecas escolares, na qualidade de parceiros essenciais e facilitadores do diálogo com outros jovens e parceiros e o objetivo do Projeto A Voz dos alunos - Transformar a Biblioteca Escolar, promovido pela Rede de Bibliotecas Escolares.

Ao longo do ano letivo duas alunas convidadas pelo Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares - Núria Morais, Rafaela Silva (a Ketlen Silva, suplente, este presente numa das sessões) - em reuniões / atividades agendadas pelo Gabinete da RBE e, como observadoras, nas sessões do Transformar a Educação: Das Ideias à Ação.

Hoje, dia 3 de julho, às 12:15, teve lugar a última sessão, dirigida pela Coordenadora Nacional da RBE, Dra. Manuela Pargana Silva. 
Ordem de Trabalhos: Prioridades a definir para 2024-2025.


segunda-feira, 1 de julho de 2024

IN MEMORIAM

 

 Fausto Bordalo Dias (1948-2024)

 

 



"Era um grande criador, intérprete , criador de letras e músicas e criou um universo próprio, muito pessoal e muito personalizado. A gente consegue dizer aquela canção é do Fausto porque de facto ele tinha um carimbo." - Sérgio Godinho

 




Por Este Rio Acima é o sexto álbum de Fausto, editado em 1982. Baseado na Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, é considerado geralmente pela crítica um dos álbuns mais marcantes da música popular portuguesa das últimas décadas. Em 2009, este trabalho foi considerado o 4º melhor álbum da década de 1980 pela revista Blitz, que recorreu a um grupo de mais de 50 personalidades ligadas ao mundo da música.
 

 
Por este rio acimaDeixando para trásA côncava fundaDa casa do fumo
Cheguei perto do sonhoFlutuando nas águasDos rios dos céusEscorre o gengibre e o mel
Sedas porcelanasPimenta e canelaRecebendo ofertasDe músicas suavesEm nossas orelhas
Leve como o arA terra a navegarMeu bem como eu vouPor este rio acima
Por este rio acimaOs barcos vão pintadosDe muitas pinturasDescrevem varandas
E os cabelos de InêsDesenham memóriasAo longo da águaBosques enfeitiçados
Soutos laranjeirasCampinas de trigoAmores repartidosAfagam as doresQuando são sentidos
Monstros adormecidosNa esfera do fogoComo nasce a pazPor este rio acima
Meu sonhoQuanto eu te queroEu nem sei, eu nem seiFica um bocadinho maisQue eu tambémQue eu tambémMeu bem
Meu sonhoQuanto eu te queroEu nem sei, eu nem seiFica um bocadinho maisQue eu tambémQue eu tambémMeu bem
Por este rio acimaIsto que é de unsTambém é de outrosNão é mais nem menos
Nascidos foram todosDo suor da fêmeaDo calor do machoAquilo que uns tratamNão hão-de tratarOutros de outra coisa
Pois o que vende o frescoNão vende o salgadoNem também o secoNa terra em harmoniaPerfeita e suaveDas margens do rioPor este rio acima
Meu sonhoQuanto eu te queroEu nem sei, eu nem seiFica um bocadinho maisQue eu tambémQue eu tambémMeu bem
Meu sonhoQuanto eu te queroEu nem sei, eu nem seiFica um bocadinho maisQue eu tambémQue eu tambémMeu bem
Por este rio acimaDeixando para trásA côncava fundaDa casa do fumo
Cheguei perto do sonhoFlutuando nas águasDos rios dos céusEscorre o gengibre e o mel
Sedas porcelanasPimenta e canelaRecebendo ofertasDe músicas suavesEm nossas orelhas
Leve como o arA terra a navegarMeu bem como eu vouPor este rio acima
Por este rio acima