sábado, 12 de abril de 2025

Mia Couto venceu hoje o Prémio PEN/Nabokov 2025

 

 

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O escritor moçambicano Mia Couto venceu hoje o Prémio PEN/Nabokov 2025, tornando-se o primeiro autor de língua portuguesa a ser distinguido com este galardão do PEN América destinado à literatura internacional, revelou a editorial Caminho.

Visite a Biblioteca e conheça os livros de Mia Couto da nossa coleção.

 

 

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Tolentino Mendonça vence Prémio Eduardo Lourenço 2025

 

 






O cardeal português José Tolentino Mendonça, poeta e teólogo, venceu hoje por unanimidade o prémio Eduardo Lourenço 2025, anunciou a Câmara Municipal da Guarda.

“O júri reconheceu o perfil do intelectual, do humanista e do poeta que marca inequivocamente a cultura portuguesa contemporânea. Igualmente reconheceu o pensador ecuménico e do diálogo que, com a sua obra, nos ensina que a fronteira é um mistério de encontro. Na ocasião dos 25 anos do Centro de Estudos Ibéricos, o Prémio Eduardo Lourenço 2025 distingue, na personalidade de José Tolentino Mendonça, o valor da Educação e da Palavra como fontes de inspiração para fortalecer laços que cruzam todas as fronteiras e dos quais o diálogo ibérico tem sido exemplo”, referiu a Câmara.

Conheça os títulos de José Tolentino Mendonça existentes na Biblioteca!
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Boas Leituras!

 

domingo, 6 de abril de 2025

Nivelando o campo de jogo: desporto para a inclusão social

 

 

"É importante ressaltar que o esporte transcende fronteiras e promove tolerância, perseverança e respeito dentro e entre culturas... para promover sociedades justas, pacíficas e inclusivas."


 

 

O Dia Internacional do Desporto para o Desenvolvimento e a Paz (IDSDP) é comemorado anualmente em 6 de abril para reconhecer o poder do desporto em promover mudanças positivas, superar barreiras e transcender limites.

Na preparação para o Second World Summit for Social Development 2025,  concentra-se no tema "Inclusão Social", com foco nos grupos mais marginalizados, bem como em idade, género e raça. O tema deste ano visa desafiar estereótipos, promover oportunidades iguais e permitir o desporto inclusivo para todos, independentemente de idade, género ou raça. Ele destaca o papel do desporto como uma força unificadora que promove a inclusão e sociedades mais equitativas, ao mesmo tempo em que é uma plataforma poderosa para o diálogo para enfrentar preconceitos e inspirar mudanças positivas em todo o mundo.

O IDSDP 2025 servirá como uma plataforma para explorar soluções sobre como o desporto pode servir como uma ferramenta para maior inclusão social e o progresso.

 

sábado, 5 de abril de 2025

Booktrailer | O homicídio perfeito

 

 

  #10minutosaler  #alermaisemelhor

 

 

 

10 Minutos a ler é uma prática sistemática de leitura silenciosa em sala de aula, inserida no Programa aLer mais e melhor.

Produzir booktrailers a partir da leitura de livros na atividade 10 Minutos a ler é uma forma criativa e envolvente de estimular o gosto pela leitura nos alunos. Ao transformar a experiência de leitura num vídeo curto e atrativo, os estudantes desenvolvem habilidades de interpretação, síntese e expressão artística, além de exercitarem a criatividade e o pensamento crítico. Essa prática também promove a valorização do livro como objeto de inspiração e reflexão, contribuindo para a formação de leitores mais ativos e participativos.

 

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Atos e palavras

 

 
Tiramos tudo o que temos das palavras, e a seguir as palavras tiram-nos tudo de volta

Há um nexo entre falar e falhar igual ou quase igual ao nexo entre felicidade e expectativa. O fracasso, que leva à desvalorização, conduz-nos ao auto-exame moral, quando devia instigar o exame verbal. Mais do que os actos, tratemos de acusar as nossas palavras, fórmulas, profecias, aforismos, precipitações, entusiasmos, desesperos, ilusões. É que não há nada de errado em falhar: conhecemos bem as insuficiências, os defeitos, as faltas de esforço ou virtude. Mas das palavras temos a máxima culpa. Dizemos o que queremos dizer, mesmo que não o queiramos, ninguém nos obriga.

Sobre o modo como as palavras nos defraudam, abandonam, se desligam por completo da vida que vivemos, ao ponto de não podermos acreditar em palavra nenhuma, o austríaco Hugo von Hofmannsthal escreveu o ensaio ficcionado “A Carta de Lorde Chandos” (1902), obra maior sobre o curto-circuito entre as palavras e os actos e o significado. Já escrevi sobre esse texto noutra ocasião, mas agora descobri uma breve correspondência do jovem Hofmannsthal com um amigo, Edgar Kart, nos anos 1892 a 1895. Recorro à edição brasileira, na tradução de Flávio Quintale: “Não poderemos contar as coisas importantes que vivermos, pois não nos lembraremos delas. Creio, contudo, que de vez em quando poderemos pôr no papel algum fragmento de uma sensação subjetiva, de um estado de humor, e disso poderá surgir uma troca de correspondências, como se fazia no século passado, quando as pessoas escreviam com mais graça, mais elegância e com mais nobreza do que agora (...)”. Gosto deste cepticismo activo, do uso de “correspondências” em sentido tão poético quanto postal, e até da mitificação do “século passado” (no século passado eu vivia com a cabeça no “século passado”, ou seja, o XIX; o que farei agora?). Uma das razões pelas quais o jovem Hugo defende a necessidade da correspondência, da conversa, da literatura, é “a necessidade de embelezar e de interpretar poeticamente aquilo que é comum e pálido”, ainda que tanto “embelezar” como “interpretar” sejam duas conhecidas armadilhas.

 


Hugo von Hofmannsthal (1874-1929)
Getty Images



Hofmannsthal, mesmo novo, já sabe muito. Sabe que fazemos “testamentos”, quando só estão ao nosso alcance “fragmentos”; sabe que queremos uma vida “bela” e “autêntica”, mesmo quando a vida torna inconciliável a autenticidade e a beleza; sabe que não beneficiamos de uma experiência coesa mas de “experiências” desgarradas e sem sageza; sabe que toda a literatura, e até a Bíblia, não trata apenas da verdade mas da “imaginação” e do “símbolo”; sabe que “o mundo inteiro é a comunicação de coisas incompreensíveis à nossa alma ou a comunicação da alma com ela mesma”; sabe que “tristeza” é uma palavra que traz consigo uma ideia, mas que existem “milhares de tristezas”.

Escreve Hugo ao amigo: “Vês, não falo como muitas pessoas inteligentes e originais; basta ir até minhas prateleiras para encontrar livros profundos, fascinantes e envolventes, a tal ponto de me perder neles até que os pensamentos e as sensações humanas e livrescas cheguem a anular meus pensamentos e sensações e se coloquem no lugar deles.” A aversão à citação deve ser combatida: não está já quase tudo dito, e dito com maior perfeição, de modo que nos cabe pouco mais do que uma arte combinatória do que foi dito antes do nosso tempo ou no nosso tempo?

“Na verdade”, acrescenta a mesma carta, “não somos nós que possuímos e mantemos os homens e as coisas, mas são elas que nos possuem e nos mantêm. Desse modo parecemos não ser vazios, mas algo ainda mais inquietante, como um fantasma em plena luz do dia: pensamentos estranhos que pensam dentro de ti, velhos estados de alma, mortos e artificiais, e vês as coisas através de um véu, te sentes estranho e excluído da vida, nada te consola, nada te preenche por completo”. Tiramos tudo o que temos das palavras, e a seguir as palavras tiram-nos tudo de volta: “As palavras não são deste mundo, são de um mundo em si mesmo, um mundo completamente independente, como o mundo dos sons.” Mas quando já se esvaiu a inconsciência, a inconsistência e a inconstância dos jovens, diz Hofmannsthal, “devemos agora colocar o sentimento a serviço de quem e do que vive e existe connosco”.

 Pedro Mexia. Revista E, Semanário Expresso, 4 de abril de 2025

 

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Celebração do Dia Mundial de Consciencialização sobre o Autismo de 2025

 

 



 

A comemoração do Dia Mundial de Consciencialização sobre o Autismo de 2025, sob o tema "Promovendo a Neurodiversidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU", destaca a interseção entre a neurodiversidade e os esforços globais de sustentabilidade, mostrando como políticas e práticas inclusivas podem impulsionar mudanças positivas para indivíduos autistas em todo o mundo e contribuir para a realização dos ODS. 

terça-feira, 1 de abril de 2025

Para quê ler os clássicos?

 


Se nós olharmos para as melhores empresas do mundo e virmos onde é que essas pessoas estudaram, elas estudaram em universidades e em escolas onde estudaram os clássicos gregos em profundidade.
É um fator decisivo.

Eles aprenderam a pensar.
[...]
É aí que, curiosamente, reside a maior diferença entre os países que se desenvolvem e os que não se desenvolvem.
É preciso os fablabs, mas é preciso as bases e as bases são os clássicos gregos.
E estas duas componentes, a cultura clássica e a ligação à tecnologia, e o objectivo de criar rodutos para o mundo e saber fazer, penso que poderá ter um enorme impacto nesta bomba social que nós temos em Portugal.
E é só, obrigado.


 

 

III Painel - Seminário de Inovação e Empreendedorismo Social, promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no dia 9 de Julho de 2010, na Fundação Calouste Gulbenkian.